A Conferência das Partes (COP28) representa um marco crucial na luta global contra as mudanças climáticas. Organizada pelas Nações Unidas, a conferência reúne líderes mundiais, ministros e negociadores de 198 países que ratificaram a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC) em 1992.
O Acordo de Paris, adoptado em 2015 durante a COP21, estabelece o objectivo de limitar o aumento da temperatura média global a "bem abaixo de 2°C acima dos níveis pré-industriais" e fazer esforços para limitar esse aumento a 1,5°C. O Balanço Global, uma ferramenta-chave para avaliar o progresso colectivo e oferece uma visão holística do estado da implementação do Acordo de Paris, identificando áreas que exigem mais atenção e aprimoramento.
O plano de acção proposto pela presidência da COP28 fundamenta-se em quatro pilares fundamentais. Primeiro, destaca-se a necessidade de impulsionar uma transição energética justa, organizada e equitativa. Moçambique recentemente aprovou a Estratégia de Transição Energética Justa, que será apresentada na COP28, como um caminho para a optimização de recursos que permitirá um crescimento sustentável a nível nacional, contribuindo para a redução das emissões.
Em segundo lugar, o estabelecimento de um sólido financiamento climático é essencial para apoiar medidas de mitigação e adaptação, especialmente em países em desenvolvimento, como Moçambique. Existe um consenso de que é necessário ampliar as metas e intensificar o financiamento para a adaptação. O Fundo de Perdas e Danos reconhece a necessidade de apoiar países como Moçambique, que enfrentam impactos severos e irreversíveis das mudanças climáticas, como os ciclones Idai, Kenneth e Gombe.
O terceiro pilar enfatiza a importância de priorizar as necessidades das pessoas, as suas vidas e meios de subsistência. Isso inclui estratégias que garantam a justiça social e a equidade nas acções climáticas, evitando que comunidades vulneráveis sejam prejudicadas e que nenhum grupo seja negligenciado.
Fundada em 2017, a Associação Moçambicana de Energias Renovéis (AMER) tornou-se uma voz influente, representando os interesses do sector privado Moçambicano a nível nacional e internacional. Com mais de 100 membros dedicados, a AMER actua activamente em diálogos com o Ministério dos Recursos Minerais e Energia. Na COP28, a AMER destaca o compromisso moçambicano com fontes energéticas sustentáveis e espera avanços significativos na adaptação e mitigação climática e resiliência global.
AMER
Juntos pelas Energias Renovéis em Moçambique