Subcomités avaliam progresso rumo ao 2º Fórum Bi-anual de Energia Fora da Rede em Moçambique

October 3, 2024 by
AMER

A Associação Moçambicana de Energias Renováveis (AMER), em parceria com a Unidade Integrada de Planificação e Coordenação para a Electrificação (UIPCE) organizou três reuniões de subcomités, no dia 30 de Setembro, nas instalações do Ministério de Recursos Minerais e Energia (MIREME), com o intuito de preparar o 2º Fórum Bi-anual de Energia Fora da Rede, previsto para Novembro próximo.

Com a participação de mais de 40 representantes dos sectores público e privado, além de parceiros de desenvolvimento, os grupos de trabalho focaram-se em três áreas-chave: Mini-Redes, Sistemas Solares Domésticos e Soluções de Cozinha Melhorada. As discussões centraram-se na revisão do progresso das actividades delineadas durante o 1º Fórum Bi-anual e no alinhamento das próximas etapas rumo a próxima edição.

O Presidente da AMER, Ricardo Pereira, ressaltou a importância dessas reuniões como um marco para o avanço da cooperação intersetorial: "Esses encontros refletem o nosso compromisso em avançar na implementação das iniciativas discutidas no primeiro fórum. O diálogo entre governo, sector privado e parceiros de desenvolvimento é fundamental para garantir que as metas traçadas sejam atingidas com eficiência e transparência".

Por sua vez, o Coordenador da UIPCE, Inocêncio Gujamo, destacou a importância de uma coordenação eficaz: "Estamos a trabalhar para assegurar que os desafios identificados no 1º Fórum sejam abordados de forma prática e célere. A coordenação entre os diversos intervenientes é essencial para que possamos atingir as metas energéticas de Moçambique de forma sustentável e inclusiva".

No grupo de Mini-Redes, foi enfatizada a necessidade de uma maior coordenação entre o governo, programas de apoio e o sector privado para reduzir os custos iniciais de desenvolvimento. "Para promover o crescimento das mini-redes, precisamos de um alinhamento claro entre as entidades governamentais e o sector privado. Sugerimos que a UIPCE assuma um papel central na recolha e partilha de informações, o que poderá aumentar a transparência e acelerar os processos de concurso de mini-redes no país", afirmaram os representantes.

Já no grupo dedicado aos Sistemas Solares Domésticos, a aceleração da implementação de incentivos fiscais e a criação de créditos rotativos foram as principais prioridades. Pedro Moleirinho, líder do grupo, destacou: "Precisamos de acelerar as negociações sobre incentivos fiscais e criar mecanismos de financiamento para facilitar o acesso aos sistemas solares. Além disso, uma plataforma que harmonize os dados do sector é fundamental para monitorar o progresso e evitar duplicação de esforços".

Por fim, o grupo de Soluções de Cozinha Melhorada trouxe a venda de créditos de carbono como um tema central, sublinhando o potencial de Moçambique nesse mercado. "Um dos nossos maiores desafios é garantir que o país venda os seus créditos de carbono pelo melhor preço possível. Precisamos de desenvolver uma estratégia clara para rentabilizar este negócio, que tem o potencial de beneficiar tanto o setor energético quanto o ambiente", destacaram os membros.

Os três grupos reforçaram a necessidade de um trabalho coordenado entre o governo, o sector privado e os programas de apoio, com o objectivo de evitar a duplicação de esforços e acelerar a universalização do acesso à energia em Moçambique.

Com as bases estabelecidas nas reuniões de subcomités, o 2º Fórum Bi-anual promete ser um passo decisivo para a coordenação multi-sectorial e consolidação das soluções energéticas fora da rede no país.


AMER

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